A franquia é popular entre empreendedores que querem abrir um novo negócio de uma forma facilitada e mais barata. Nesse modelo de negócios, a gestão é mais simples, uma vez que a matriz oferece todo o suporte necessário para as operações.
Mas você sabe o que configura exatamente uma franquia e como esse sistema funciona?
Quais são os desafios envolvidos? Qual é a diferença entre uma franquia e uma revenda e qual modelo é mais vantajoso para o empreendedor?
Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre franquias.
O que é franquia?
Franquia é um modelo de negócios baseado na concessão de uso de uma marca, o que inclui patentes, know-how e conceitos, e da comercialização dos seus produtos ou serviços.
Para você entender melhor, segue o conceito de franquia empresarial, de acordo com a Lei 8.955/94:
“Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso da marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços, e eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante a remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício”.
Nesse modelo, a empresa franqueadora permite que um empreendedor utilize sua marca e seus métodos operacionais mediante contrato e pagamento, tornando-se assim um franqueado.
O modelo de operação do franqueador, que inclui a gestão, os processos e a divulgação, é copiado e transferido para outro ponto comercial. Isso é feito de uma forma padronizada para garantir que a qualidade será a mesma em todas as franquias.
A rigor, qualquer empresa pode franquear o seu negócio, contanto que respeite a legislação vigente. Vale lembrar, porém, que em 2019 o congresso nacional aprovou uma série de mudanças na lei original. Agora é preciso atuar no mercado há pelo menos um ano antes ingressar no sistema de franquias.
O modelo de franquia não é recente. Ele remonta ao século XII, em Londres, onde já existiam práticas comerciais muito similares ao atual sistema de franquias. No entanto, oficialmente, esse modelo de negócios iniciou nos Estados Unidos, no período pós-guerra civil.
Na ocasião, a fábrica de máquinas de costura Singer passou a outorgar licenças de uso de marca e criou uma rede de revendedores bastante semelhante aos modelos que conhecemos hoje. O exemplo foi seguido por outras empresas, como a General Motors e a Coca-Cola. No Brasil, as primeiras franquias apareceram na década de 1950, mas o modelo só foi consolidado de verdade a partir dos anos 1970.
Atualmente, existem franquias de diversos setores e portes, com diferentes faixas de preço.
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Tipos de franquias:
Existem diversos modelos de franquias, cada um com características específicas que atendem a diferentes perfis de investidores e mercados. Abaixo estão os principais tipos:
- Microfranquia: Este é o modelo mais comum, onde o franqueado adquire o direito de operar uma única unidade da franquia em um local específico.
- Franquia unitária: Trata-se de um dos tipos de franquias mais tradicionais, no qual o franqueado pode abrir uma unidade da rede franqueadora.
- Franquia virtual: Esse tipo corresponde às franquias operadas pela internet, sem necessidade de ter um ponto comercial fixo.
Como funciona o sistema de franquias?
O sistema de franquias funciona com base em uma relação de interdependência entre o franqueador e o franqueado.
As unidades da rede são administradas pelos empreendedores franqueados, que fazem um investimento inicial e pagam uma taxa recorrente para ter o direito de usar a marca e o know-how da empresa franqueadora. Ela, por sua vez, assume a responsabilidade de dar total suporte aos seus franqueados.
A transferência de know-how pode acontecer de várias formas, como treinamentos, manuais de uso de marca e outros materiais que preparem o empreendedor franqueado para conhecer profundamente os produtos, serviços e estrutura da rede.
Todas as condições gerais do negócio, incluindo as obrigações e responsabilidades de ambas as partes e demais aspectos legais, devem ser apresentadas em um documento chamado Circular de Oferta da Franquia (COF). Ele deve ser entregue ao candidato a franqueado com dez dias de antecedência da assinatura do contrato.
A Lei de Franquias determina as informações que precisam constar no documento, como os balanços financeiros da rede, o valor das taxas a serem pagas, o investimento inicial necessário, o layout da loja, o suporte oferecido, entre outros elementos.
Desafios em abrir uma franquia
Abrir uma franquia até pode ser uma forma mais simples de empreender, mas isso não quer dizer que não haja desafios. Um deles diz respeito à concorrência e à saturação de mercado, que podem ser um empecilho para a prosperidade do negócio.
Outro desafio é a pouca flexibilidade que o modelo oferece, já que há a necessidade de seguir os padrões e as diretrizes estabelecidas pelo franqueador, sem margem para a criatividade.
O investimento inicial e as taxas envolvidas nesse modelo de negócios podem ser um obstáculo. Embora haja franquias relativamente baratas, redes mais famosas podem alcançar altas cifras, dificultando o acesso dos empreendedores.
Taxas e Royalties: Franqueados precisam pagar taxas iniciais e royalties contínuos ao franqueador, o que pode impactar significativamente a margem de lucro.
Restrição de Autonomia: Franqueados devem seguir as diretrizes e políticas da franquia, o que pode limitar a flexibilidade do negócio.
Franquia vs revenda: qual é a melhor opção?
Quase todo empreendedor, ao abrir um novo negócio, fica diante da seguinte situação: será que é melhor abrir uma franquia ou uma revenda? Afinal, qual é a diferença entre esses dois modelos?
Confira, a seguir, um breve comparativo entre franquia e revenda e tire as suas dúvidas:
Liberdade de operação
Uma das principais diferenças entre o modelo de franquia e uma revenda tradicional diz respeito à liberdade de operação. Ao contrário das franquias, que geralmente têm padrões e diretrizes rígidas a seguir, uma revenda oferece mais autonomia na gestão do negócio.
Isso permite ao empreendedor adaptar-se melhor às necessidades locais e tomar decisões estratégicas, com flexibilidade para criar campanhas de divulgação e liberdade para administrar a empresa como preferir.
Investimento inicial
Outra diferença importante entre os dois modelos diz respeito ao investimento inicial. Como dito, existem franquias de várias faixas de preço. Porém, franquias de redes famosas podem sair muito mais caro.
Em alguns casos, uma revenda pode exigir um investimento inicial menor do que adquirir uma franquia. Assim, torna-se uma opção mais acessível para empreendedores.
No caso da revenda Consigaz, o investimento inicial não é alto e pode ser parcelado para facilitar o pagamento. Além disso, não há taxas nem royalties.
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Margem de lucro
As margens de lucro do empreendedor também são bem diferentes em uma revenda e em uma franquia. Em geral, é mais barato revender do que abrir uma franquia, e esse custo menor se reflete na lucratividade do negócio.
Uma revenda possui menos royalties e taxas associadas. Em alguns casos, existe até mesmo a isenção de taxa. Por isso, em comparação com uma franquia, as margens de lucro podem ser mais atrativas para os proprietários de revendas.
Além disso, no caso das franquias tudo é padronizado, inclusive o preço dos produtos ou serviços. Assim, o empreendedor não pode precificar como deseja, pois tem que seguir os padrões da rede. Isso também pode afetar a margem de lucro da empresa.
Revendedor de gás GLP
O modelo de negócio da Consigaz não é uma franquia. Porém, é uma opção muito interessante para quem pensa em empreender com venda de gás de cozinha. Entre as vantagens que oferecemos aos revendedores estão o suporte total desde o primeiro dia de parceria, o apoio publicitário, os treinamentos e a taxa zero: todo o lucro obtido é do revendedor.
O investimento inicial não é alto e pode ser parcelado. Os modelos de parceria são variados, dependendo do porte do revendedor, com margem de lucro média de 28%. É um negócio rentável, cujo retorno do investimento vem em cerca de um ano.
- Maior Autonomia: Como revendedor, você tem total controle sobre seu negócio, podendo tomar decisões estratégicas sem a necessidade de seguir diretrizes rígidas de uma franquia.
- Sem Taxas ou Royalties: Revendedores não precisam pagar taxas iniciais ou royalties contínuos, resultando em uma maior margem de lucro.
- Flexibilidade Operacional: Possibilidade de ajustar rapidamente suas operações e estratégias de marketing de acordo com as demandas do mercado local.
- Suporte do Distribuidor: Embora não seja uma franquia, os revendedores de gás GLP recebem suporte completo dos distribuidores, incluindo treinamentos e materiais de marketing. Além disso, podem utilizar a força da marca do distribuidor, o que fortalece a confiança do consumidor.
- Construção de Marca Própria: Embora a construção de uma marca própria possa ser desafiadora, o uso da marca do distribuidor e o suporte oferecido facilitam esse processo, tornando-o menos arriscado.
Conclusão: Ser Revendedor de Gás GLP é a Melhor Opção
A escolha entre abrir uma franquia e ser um revendedor de gás GLP depende de seus objetivos, perfil empreendedor e capacidade de investimento. No entanto, ser um revendedor de gás GLP oferece diversas vantagens significativas: maior autonomia, ausência de taxas e royalties, suporte robusto do distribuidor e a força de uma marca reconhecida.
Por essas razões, ser um revendedor de gás GLP pode ser a melhor opção para empreendedores que buscam maximizar seus lucros e manter flexibilidade em suas operações.